terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Eu me irrito com a saudade que sinto da Valéria. Com a falta de cumplicidade entre mim e minha solidão. Com o ócio que não me permite sequer ser criativo. Com meu pouco talento e o tanto de trabalho que vejo à frente. Eu me irrito com os que já foram e com a demora dos que ainda não vieram. Com os desejos inférteis. Com o medo que tenho da vida não chegar a ser plena. Eu me irrito comigo e nem comigo posso protestar.

2 comentários:

Madame Morte disse...

Nunca estaremos satisfeitos com aquilo que temos.Imagino que isso seja uma das principais características que nos torna humanos.

Unknown disse...

Eu trabalho em pleno Recife antigo.Da minha janela (emprestada) vejo o Rio Capibaribe serpenteando em volta da cidade, suas águas vão e voltam ao sabor da maré. Todo dia olho o Capibaribe! Mesmo quando o tédio é maior que o Rio.
Meu maaior medo é de me envolver no tédiocotidiano e esquecer que tenho o rio serpenteando bem no meu nariz.