terça-feira, 23 de março de 2010

Foi-se o tempo das incessantes mensagens, das ligações no meio da noite, da necessidade desesperada. Não sinto reciprocidade e não estou mais ardendo em febre. O verão acabou e como em todo bom outono, cai seca no chão e voa com o vento uma coisa boa que tava vivinha ainda há pouco... E a escavadeira do post anterior... hehe, sou eu.

sábado, 20 de março de 2010

A árvore e a escavadeira

A árvore devia ser bem pequena quando construíram a praça em volta dela. Quando eu a conheci, ela já estava bem grande, muito alta, um tronco imponente que quatro pessoas não conseguiriam abraçar. A árvore cresceu por baixo da terra também e suas raízes, fortes raízes, levantaram o cimento em volta. Hoje, três homens quebraram o concreto já bem destruído e uma escavadeira tentou em vão arrancar as raízes que estavam avariando a praça. Por mais que o condutor acelerasse, por mais que enviasse esforços nos comandos da escavadeira, de nada valeu. Na verdade, não foi a árvore destruindo a praça. A praça limitava tanto a árvore que, em determinado momento, concreto e raízes se confundiam na base repleta de fissuras. Árvore e praça viviam bem assim- um acordo, uma conveniência já que não havia outro jeito. A árvore chegou primeiro e a escavadeira quebraria suas pás mas não conseguiria salvar a praça. Pelo menos a escavadeira tentou. UPDATE: A escavadeira saiu de cena, a árvore continua lá e os homens estão destruindo a praça...